quarta-feira, 29 de dezembro de 2010


Celeiro de vagas


Pará será um grande gerador de empregos em 2011, dizem especialistas


Com a possibilidade de gerar 40 mil novos postos de trabalho, o Pará vai se tornar o maior celeiro de empregos da região Norte e um dos maiores do País em 2011. É o que afirmam economistas e especialistas em recursos humanos, que destacam algumas profissões como as mais cobiçadas pelo mercado paraense no próximo ano. Segundo eles, os profissionais ligados à construção civil, à engenharia elétrica e ao agronegócio terão boas oportunidades. Além disso, o comércio será impulsionado com medidas previstas pelo novo governo - e mais de 50% das vagas abertas serão no segmento de vendas e atendimento.

Segundo o empresário do setor de gestão de pessoas, Caitano Celedônio, nos últimos três meses 1.603 pessoas ingressaram no mercado de trabalho por meio de agência de encaminhamento somente em Belém. "Atendentes internos, vendedores e operadores de caixa não estão ficando desempregados. Basta comprovar a experiência ou algum conhecimento na área", assegura. Celedônio destaca que, com a implantação de outros dois shoppings na capital paraense, o número de empregos será superior a 40 mil no próximo ano. "Todo jovem de 16 anos deveria fazer um curso profissionalizante. Hoje, temos uma demanda superior à nossa oferta. Não conseguimos profissionais para todas as vagas que surgem no mercado", alerta.

O segmento da extrativa mineral também será promissor, de acordo com o assessor econômico da Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), José do Egypto. Para ele, além do setor mineral, a indústria da construção civil também deve se manter pujante em 2011.

Já o supervisor técnico do Dieese, Roberto Sena, calcula que os empregos no comércio serão os mais ofertados, e que a falta de qualificação da mão de obra pode atrapalhar os planos de milhares de paraenses. Caitano Celedônio afirma que parte dos trabalhadores que atua no Pará – devidamente treinados -, deve seguir para o Maranhão, onde alguns projetos da Petrobras e do governo estadual devem despontar. "O profissional gabaritado vai para onde o mercado remunerar melhor", explica.

O consultor e engenheiro eletricista Rodolfo Castro garante que as profissões do futuro são nas áreas de energia alternativa e tecnologia voltada para a agricultura. "Estas profissões costumam dar um rápido retorno. O setor da energia elétrica é muito promissor na região Norte, porém, muito carente de pessoal", assevera, lembrando que, mesmo aposentado, ele ainda precisa atuar em determinados projetos, em virtude da falta de experiência e conhecimento entre os profissionais da área.

Para Castro, a escola ajuda a abrir os horizontes, porém é o mercado que prepara os profissionais. "Em 1978, quando me formei, havia 10 mil engenheiros desempregados no Estado de São Paulo. Foi então que resolvi me deslocar para o Norte, e nunca mais voltei a morar na região Sudeste", conta.
http://www.portalorm.com.br/amazonia...&codigo=507486

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